ÍDOLOS DO BRASILEIRÃO #1: Reinaldo, Atlético-MG
Eu, Mateus Magalhães, estou dando início a mais uma série especial no Toca e Passa, chamada "Ídolos do Brasileirão", nela falaremos sobre os maiores ídolos dos vinte clubes que disputarão a Série A do Brasileirão em 2013, começando pelo Atlético-MG, o galo forte e vingador!
José Reinaldo de Lima, ou somente Reinaldo, centro-avante que jogava com classe, incontestavelmente o maior ídolo da torcida do Galo mineiro, apelidado de O Rei do Mineirão, quando marcava gols, enchia de lágrimas até os olhos do mais fanático cruzeirense, dono de velocidade impressionante e chute potente, era imparável. Comemorava seus gols sempre da mesma forma, a mão direita erguida aos céus, o símbolo dos Panteras Negras, em tempos de ditadura militar, queria dizer muita coisa.
Reinaldo surgiu muito jovem, ainda com 16 anos estreou pelo profissional do Atlético, na derrota de 2x1 para o Valeriodoce Esporte Clube, mas surpreendeu e não saiu mais do time profissional. Não demorou para o atacante chegar a seleção brasileira, sua estréia com a canarinha foi em 1975, na vitória de 4x0 contra a Venezuela, era presença constante nas convocações visando a Copa de 78 na Argentina. Pelo Brasil, Reinaldo marcou 14 gols e disputou 31 partidas.
Reinaldo só foi à Copa de 1978, marcando o gol da estréia da seleção, contra a Suécia, um dos poucos gols que ele não comemorou saudando os Panteras Negras, a Argentina também vivia uma ditadura, e pessoas poderosas pediram diretamente ao atacante que não comemorasse com a sua marca registrada, "Não comemorei erguendo o punho direito para não prejudicar a seleção, e não pelas ameaças", contou Reinaldo ao SPORTV. Reinaldo teve sua carreira atrapalhada pelas inúmeras lesões no joelho, com elas sofreu desde os 16 anos de idade.
No Atlético foram 475 jogos, 255 gols, sete títulos mineiros (de forma invicta em 1976, e hexa entre 1978-83), dois vice-campeonatos brasileiros (sendo artilheiro em 1977, com 28 gols em 18 jogos), além de vários títulos amistosos internacionais. Reinaldo guarda receio por não ter conseguido conquistar nenhum título brasileiro com o Galo, "Se meus joelhos tivessem ajudado...", conta.
